Opinión

POR UM BANCO MUNDIAL DE ALIMENTOS

Omaior problema no mundo do futuro, e quase já do presente, vai ser o do custo dos alimentos e quem controla os mercados dos mesmos. Porque som os alimentos a base fundamental para manter a vida dos cidadaos do planeta. E os que nom tenham dinheiro para mercá-los vam morrer de fame. Ao lado da já conhecida como burbulha imobilâria e a creditícia, que asfíxia a muitos em todos os países e, especialmente, aos jovens e aos que menos têm ou som económicamente déveis, existe uma burbulha muito mais perigosa e de consequências imprevissíveis, qual é a alimentária. Que a vam notar muito milhões de pessoas, ao nom poder encher os seus estómagos nos países empobrecidos do planeta, mas que todos, em maior ou menor medida, imos notá-la. Por isto, é vitalmente necessário que a ONU decida criar quanto antes um Banco Mundial de Alimentos (BMA). Desde o que se possam guardar os alimentos básicos para a sobrevivência dos seres humanos, como é especialmente o caso dos cereais e, entre eles, o trigo, o milho e o arroz. E logo distribuí-los, com controlo estrito e cuidadoso, nos países que os necessitem, a preços assequíveis para os cidadaos, por causa de más colheitas, de secas, inundações, catástrofes e climas estacionais inadequados para os seus cultivos. Seria, e será, muito perigoso deixar nas maos das empresas mastodónticas mundiais, que controlam o comércio dos cereais no planeta, os que se aproveitem, seguindo a lei da oferta e da demanda, marcando os preços de venda dos cereais citados.


Comento todo isto, para apoiar a minha sugestom de criaçom do 'BMA', porque resulta terrorífico comprovar que na atualidade quatro companhias de ámbito planetário, que som um mistério e delas nada se fala, aínda que infelizmente existem na realidade, controlam nada mais e nada menos que o 70 % do comércio mundial de alimentos e comida. Para que os meus leitores conheçam o tema, gostaria de mencioná-las. Criada em 1865, como uma empresa familiar, que nom se publicita e passa como inadvertida, temos a Cargill de USA. Conta com uns 131 mil empregados repartidos por 67 países, com umas vendas anuais de 120 mil milhões de dólares, quatro vezes mais que o que fatura a Coca-Cola, e cinco mais que a McDonalds. Nos seis últimos meses teve uns benefícios superiores a quatro mil milhões de dólares e, por causa da seca que padeceu Rússia, este país proibiu as exportações de trigo e a Cargill controlou o desabastecimento noutros países, por esta raçom. Estou a falar de uma empresa tam gigantesca que as suas contas superam elas só a economia de Kuwait, Perú e outros 80 países do mundo. Greg Page, presidente desta poderossísima companhia, com muita sorna comenta que a sua empresa 'só comercializa a fotosíntese'. Conta ademais com um serviço de inteligência comparável ao da nefasta e ianqui CIA. Utiliza satélites de comunicaçom, sensores de clima e um exército de informadores, ademais de 'topos' nos diferentes governos.


Junto com a Archer Daniels Midland e a Bunge, ianquis como a Cargill, e a francesa Louis Dreyfus, todas empresas centenárias e totalmente opacas, quase invisíveis, som as cereareiras que basam o seu poder no controlo das redes de distribuiçom. Todas elas têm em muitos países do planeta, silos, armazens, elevadores de grau estratégicamente situados nos tendidos de caminhos de ferro e flotas de mercantes inter-oceánicas. Nom poseem terra, pois prefirem que sejam os labregos dos diferentes países os que corram com o risco de perder a colheita. O seu controlo total da distribuiçom permíte-lhes ter sempre excedente de alimentos ao seu dispor. Todo isto explica que o preço mundial combinado de cereais, graxas vegetais, produtos láteos, carne e açúcar, leva seis meses consecutivos subindo, superando já os níveis do último pánico alimentário. A FAO e o Banco Mundial prevêm que até polo menos o 2015 estes preços ham manter-se elevados. Tambem é certo que no 2010 o trigo cresceu no seu preço um 84 %, o milho um 63 e o arroz um 10. E isto, se nom se para, vai ser gravíssimo para muitos cidadaos do mundo. Diante do que venho de asertar e comentar compreenderam vostedes o urgente que é o criar já, de imediato, dentro da ONU, um Banco Mundial de Alimentos (BMA). Para controlar deriva tam preocupante e perigosa.

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