Opinión

UM PRÉMIO LITERÁRIO EXEMPLAR

Hoje ninguêm discute o importante que é fomentar o prazer por ler em crianças e jovens. Em tempos nos que outros muitos 'estímulos', a maioria pouco positivos, invadem as cabeças e corações dos nossos rapazes. José Luis Baltar Pumar, que foi mestre durante muitos anos na comarca de Luíntra, e se honra sempre que pode de fazer saber que desempenhou tam nobre ofício, no ano 2003, desde a Deputaçom Provincial que preside, decidiu criar o Certame de literatura infantil e juvenil Pura e Dora Vázquez. Acertou tambem em dar-lhe este nome para homenagear a duas irmãs nossas poetisas, que tambem foram excelentes mestras, e muito escreveram para crianças, contos e poemas muito lindos. Depois de oito edições celebradas temos que afirmar que estamos diante dum prémio literário exemplar e por vários motivos. Porque é o único certame com duas modalidades : um prémio de três mil euros ao texto e outro à ilustraçom pola mesma quantidade. Com ediçom posterior da narraçom infantil ou juvenil escolhida polo júri, que acolhe a ilustraçom selecionada e premiada, correspondente a esse texto em concreto. Porque, no apartado de ilustraçom, à que de forma acertada se lhe da a importância que tem, ao tratar-se dum livro para nenos ou jovens, esta-se promocionando a ilustradores novéis, que em muitos dos casos é o seu primeiro trabalho. E tambem a escritores e escritoras tambem jovens, como no caso de Maria Canosa e Miro Vilhar, ambos das formosas terras fisterráns. Em fim, porque se lembra a duas escritoras e mestras ourensanas hoje já desaparecidas fisicamente, mas nas primeiras edições, em vida, participavam no ato de entrega dos prémios, convivindo com autores e ilustradores. E porque se enviam exemplares dos livros editados às bibliotecas e centros de ensino, para que possam disfrutar da leitura em lingua galega rapazes e rapazas da Galiza. De textos e narrações escritos para eles. E ademais porque é uma maneira de promocionar o nosso formoso idioma, o de Rosália e Castelao, o de Biqueira e Celso Emílio, e o de Pessoa e Camõens em Portugal, o de Cecília Meireles e Guimarães Rosa no Brasil. Porque o nosso idioma é internacional e falado em todos os continentes do mundo, com variados sotaques.


Por ser um certame literário exemplar com tanta riqueza e alternativas, eu quero dar os meus parabéns à Deputaçom ourensana por manté-lo vivo, animando a que o siga mantendo, embora nos encontremos com uma grande crise económica no país. O outro dia tuvemos a sorte de estar no ato da entrega dos prémios da ediçom de 2010. Depois de escoitar singelos e belos discursos, que nos emocionaram de verdade, alegrámo-nos muito de que dous rapazes novos levaram esta vez o prémio : Maria Canosa o de narraçom, polo seu relato O papaventos de Laura, e o ourensano Daniel Iglésias Padróm, polas ilustrações deste livro. Presididos os dous júris polo vice-presidente da Deputaçom José Luis Valhadares, que tambem é alcaide de Cea, tendo como secretário nos dous a Francisco González Bouzán, diretor do Centro Cultural Simeón, formaram parte do júri literário Mª Isabel Almuínha, José Manuel Fernández, Joam Babarro e Isaac Estraviz. No de ilustraçom Xavier Blanco, Ana Malingre, César Taboada e Maria Canosa. Em edições anteriores foram premiados Célia Diaz polo seu texto Adelinha, e Luís Sendón pola ilustraçom (2003, 1ª ediçom); Jesús Cabaleiro por Alende e Jacobo Munhiz polos desenhos (2004); Rafael Laso polo relato Por qué Baldomero Quintáns? e Maria Puertas (2005); Breogam Riveiro com A história mais incrível que nunca liches e Alberto Vázquez (2006); Miro Vilhar por O nariz de Fiz e Lola Lorente (2007); Concha Blanco por Encontros às agachadas e David Pintor (2008) e o macedao Joam Babarro por Palavra era um universo paralelo e Núria Diaz (2009). Quem suscreve teve a honra de formar parte do júri literário nas edições 2ª à 7ª, durante seis anos, de 2004 a 2009. Trabalho que realicei com muito agrado, embora ter que ler um promêdio de quinze originais por ediçom.

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