Opinión

O termalismo de Marta Arribas

Dentro do entorno político ainda existem pessoas que dedicam as suas vidas aos demáis e tenhem que sufrir as envejas dos outros que os arrodeam co único obxectivo de seguir servindo e loitando pola igualdade de todos. Algo desto debeu acontecer a passada semana no Concelho de Ourense ao conhecer polos jornais a nova de que Marta Arribas deixaba o área de Termalismo da que era titular. Pero, despois de aforrar-lhe os companheiros uma viagem por Europa para conhecer como gestionam o turismo noutras cidades termais, que dimita, a quem se lhe ocorre? Pensandoo bem, meditando um pouco, tenho que analizar a presenza desta concelheira nos meios de comunicaciom ao longo do seu tempo de mandato, pois seica é assim como se mide em bloque, a idoneidade do seu perfil como política no governo local.


Para pensar nos puntos que têm ao seu favor ou na sua contra, busco com diligencia a sinfonía número 1 de Gustav Mahler (Titam). Penso nesa sinfonía por pertenzer á música censurada dum dos compositores que em 1933 era imposibel escoitar na Alemanha, e tenho que parar obrigatoriamente no terceiro movemento ‘Feierlich und gemessen, ohn’e zu schleepen’ (pomposo e compassado, sem arrastar). Feita a parada, confeso que ja tenho a resposta a tantas preguntas que estabam a vater na minha cabeça. Nom queria admitilo, pero é certo. Marta nom é uma boa política. De que lhe vale que sexa Ingeniera Técnica agrícola e de que estive-se trabalhando durante 15 anos na Confederaciom Hidrográfica do Norte? Que nos importa se soubo levar adiante um consenso cos tres partidos da cidade em relaciom ao Plano Estratégico de Termalismo para Ourense, ou que o Parlamento galego reconhece-se á nossa cidade como Capital termal da Galiza? Que máis nos da de que soube-se por em valor os recursos humanos creando grupos de trabalho a pesar do ‘ridículo’ orzamento co que contaba no área de Termalismo? (Si, digo bem, ridículo, num área que tinha que estar bem atendida).


Todo iso nom é nada de nada se nom se sae nas fotos e se aparenta moito máis do que se fai. Benquerida ‘señora’ (significado do nome Marta), se vostede nom sabe ser uma fachendosa ou nom se quere emperifolar dabondo, é moito melhor que se deixe de lerias canto antes e abandoe duma vez por todas o Concelho de Ourense. Por que nom o deixa de todo, verdade? Vostede quere seguir trabalhando, e ainda leva as áreas de Xuventude, Voluntariado e Igualdade, onde foi quem de dinamizar o Conselho Municipal da Mulher, integrado por 25 entidades e colectivos relacionados coa integraciom dos que aínda sofrem desigualdades. Nese Conselho de carácter consultivo, houbo uma verdadeira revoluçom no senso de achegar a Instituciom á cidadanía, sentindo que as achegas que aportabam e aportam, chegam a tèr algo máis que uma consideraçom especial, sendo feitas realidade. Tamem tenho nas minhas maus o número 1 do mes de marzo, da revista titulada ‘Xénero Humano. Caderno de igualdade’ que vostede dirige... e ainda têm tempo para publicacións, mulher? Bem ja vejo que nom hai quem poida com vostede no tema do trabalho, pos cóntan-me que as inauguracións dos outros, os de sempre, para as que vostede nom têm tempo, forom uma prioridade em canto ao mantimento desas instalacións que ficam no esquecemento. Os outros cortarom moitas cintas pero esquecerom dar continuidade ao que punham em marcha, deixando esmorecer sem luz as fervenzas das ilusións dos ourensáns. O manter vivas esas obras comezadas levou a Marta Arribas a trabalhar na discreçom e no silenzo, artelhando e ordeando com paciencia o que estaba feito um cisco.


Com todo, nom tenho máis que agradecementos para aqueles que aceitarom a dimisiom da concelheira de Termalismo. Noutro caso tentaríam convencela, pero nom se pode permitir que alguem que trabalha por todos nós desta forma, nom tenha a ocurrencia de crear uma ‘Tenencia de Termalismo’ e nom saia decindo as chorradas ás que nos tenhem afeitos ouvir cada día.


Por algo elegim a Mahler para a minha reflexiom. Desde a sua sinfonía ainda percibo a melodía do ‘Frère Jacques’ que me invoca o infantilismo dos que pensam ao revés. Eu intento decilo ao dereito e bem dereito, para nom estoupar.



Te puede interesar