Opinión

A TRISTE PERDA FÍSICA DE MARCOS VALCÁRCEL

Entrando no caderno de bitâcora electrónico do meu filho David, venho de inteirar-me do falecimento de Marcos Valcárcel, que eu muito apreciava. Encontrándo-me tam longe da minha Galiza, nas terras tagoreanas da Bengala indiana, fiquei aterrado por notícia tam triste, e som muito poucas as forças que tenho neste momento para escrever uma carinhosa lembrança de Marcos. Todos sabiamos da sua grave enfermidade, similar á que teve o grande cantautor José Afonso. Embora ser esperada algum dia a sua perda física, nom deixa de ser traumática a mesma para mim e suponho que para todos os que realmente lhe queremos à nossa cidade. Era tal o seu amor por Ourense e o seu ourensanismo de pro, que estamos obrigados a colocar, como bem merece, a sua figura, ao lado de todas as grandes pessoas que houve na cidade. Que em tempos aúreos foi considerada como a 'Atenas da Galiza'.


Marcos deixou-nos fisicamente, mas o seu pensamento, o seu faro de diáfana luz, o seu senso ético, o seu amor por Galiza e Ourense, o seu magnífico labor, os seus escritos e artigos, ham seguer sendo para todos nós exemplo e modelo de comportamento e atitude. Marcos há permanecer sempre na memória e coraçom dos galegos e dos ourensanos em particular. Neste momento lembro especialmente a sua colaboraçom conmigo no Cine Clube Padre Feijóo, na sua época dourada. Chegando a ser por um tempo o vocal galego da Federaçom estatal de Cine Clubes, a proposta minha. Guardo tambem como ouro em pano todos os seus formosos artigos no nosso La Región. Eu apreciava em Marcos, sobre todo, que nom fora sectário e que respeitasse aos que discrepavam, como por exemplo eu no tema da língua. O que é pouco habitual na Nossa Terra. Nom era reintegracionista, como som eu, mas tinha um profundo respeito pola nossa alternativa. Produto da sua inteligência e maravilhosa sensibilidade. E isto sempre lho agradecim de por vida.


Neste momento tam triste, quero mandar antes o meu profundo pesar à sua família pola sua perda física. E aos ourensanos bons e generosos, que querem a cidade, e compartem o sentimento pola mesma que o próprio Marcos sentia profundamente. Desde Santiniketon (Bengala-Índia) mando para todos os que apreciavam e admiravam a Marcos e o seu extraordinário labor, um grande abraço, tam grande como a distância física que neste momento nos separa. E o sentimento de pesar porque Ourense perdesse um dos seus filhos mais dignos e preclaros.

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