Opinión

A AGAL lembra a Jenaro Marinhas

Para comemorar o centenário do seu nascimento, a AGAL organizou na Corunha, do 26 ao 28 de fevereiro passado, um congresso dedicado ao grande galeguista que foi Jenaro Marinhas. Nós admiramos sempre a sua pessoa, pola sua dignidade, a sua rectitude e o seu amor por Galiza. Por isso, e por ser membro do conselho da entidade organizadora, estivemos presentes em todos os actos nos três dias que durou e se celebrou no centro social de Caixanova da cidade herculina.


Coincidimos plenamente com o pensamento lingüístico e cultural de Marinhas, e com a sua prática durante toda a sua larga e frutífera vida. Pola sua ética, lealdade e coerência. E por respeitar sempre a todos na sua ideologia, embora tiveram opinioes diferentes. Ademais de por manter sempre viva a sua amizade, e ser amigo dos amigos, e ter uma grande humildade.


Marinhas tinha nascido na Corunha o 25 de novembro de 1908, e faleceu na mesma cidade o 23 de dezembro de 1999, com 91 anos de idade e as suas capacidades intactas até o último segundo da sua vida.


Tal como nos contou o seu sobrinho, ex-conselheiro da Junta, Pablo G. Marinhas.


Que estivo em todas as sessoes do congresso e nos informou de forma detalhada e muito agradável de infindade de facetas desconhecidas do seu tio. Pola categoria dos diferentes ponentes e polas teses defendidas nas comunicaçoes sucessivas, o congresso teve uma grande altura. A maioria, especialistas sobre a sua obra e o seu labor, falaram-nos sobre Marinhas como dramaturgo galego uma das suas facetas mais importante como romancista, contista, poeta, jornalista e autor que convidou aos galegos a serem seres humanos livres e conscientes do seu país e da sua cultura.


Entre os ponentes temos que destacar ao jornalista Joel Gomes, a professsora da universidade compostelana Aurora Marco, o vice-presidente da AGAL e lexicógrafo Isaac Estraviz, os professores de ensino secundário Manuela Ribeira, António Gil e Henrique Rabunhal. Os professores da universidade de Vigo José-Martinho Montero e quem suscreve. Completaram o elenco de ponentes Pilar G. Negro, da universidade corunhesa, e Cilha Lourenço Módia -filha do grande dramaturgo, actor e director teatral Manuel Lourenço-, da compostelana, que apresentou uma excelente comunicaçom sobre os recursos expressivos e teatrais empregados por Marinhas. Por nom poder estar presentes, mandaram os seus depoimentos para ser lidos José Mª Monterroso, actualmente no Uruguai, e Fernando V. Corredoira, em Valhadolid.


Capítulo a parte merece o roteiro realizado pola Corunha galeguista, dirigido polo carvalhinhês Filipe Senem, secundado por Rabunhal. Ademais da sua magistral ponência, na que ficou clara a importância que teve como ‘alma mater’ do galeguismo, Murguia, esposo de Rosália de Castro, e o labor dos irmaos Vilar Ponte e Carré, e de Ângelo Casal e os membros das Irmandades da Fala criadas na Corunha, dirigiu coa sua acostumada maestria e afabilidade o roteiro.


Sobre o que noutro artigo teremos que falar.


Porque nos ajudou muito a superar estereotipos e pre-conceitos que existem sobre a cidade herculina. Muitas vezes criados de forma artificial por um jornal da cidade que leva na cabeceira um nome que nom responde à realidade.


Ademais de que todos os congressistas participamos numa recepçom no concelho corunhês, sendo recibidos polo tenete de alcaide Henrique Telho, o dia 27 pola tarde, logo do roteiro, a AGAL colocou uma placa de bronze, com um texto muito significativo de lembrança, na fachada da última casa na que morou Marinhas. O que tambem fora membro de honra da associaçom galega da língua, que na sua revista Agália lhe dedicou numerosos artigos e um monográfico. E publicará proximamente as actas deste congresso e um livro com todas as colabporaçoes do escritor. Marinhas fora tambem membro da Academia Gallega e renunciou como académico após a morte de Carvalho Calero. Vêndo tambem os derroteiros que aquela colhia, diferentes ao seu pensar.


(*) Professor Numerário da Faculdade de Educaçom de Ourense

Te puede interesar