Opinión

A Catedral portuguesa de Kolkata

A maior parte do nosso tempo na Índia passámo-lo em Bengala. Junto com Goa é o território indiano do que mais gostamos (nom conhecemos Kerala que nos dim que também é uma linda terra). Desde 2001, por quase três meses, vimos ao coraçom desta terra. Em Santiniketon, onde Tagore criou em dezembro de 1901 a sua escola nova (a primeira do Oriente), a uns 145 quilómetros da capital do estado, Kolkata, investigamos sobre a vida e a obra do ‘Leonardo da Vinci do século XX’.


Todas as quartas-feiras neste lugar som feriadas e equivalem aos nossos domingos. Como todo está fechado, aproveitamos para visitar os lugares bengaleses mais interessantes. Já conhecemos Medinipur, terra de Vidyasagor; Hugli e Khanakul, lugar do grande Raja Rammohan Roy (o Voltaire indiano); Bamkura e Pamchmura, terras dos oleiros; Murshidabad, província dos cesteiros; Bokreshor e Siuri; lugares sagrados com águas termais; Kenduli ao lado do rio Olhoi, onde nasceu o poeta Lhoidev, autor do Guita-Gobinda. E, claro, Kolkata, cidade da que cada vez mais gostamos, embora o grande problema da elevada poluiçom do seu ar. Com o tempo fomos descobrindo cousas interessantes. Entre elas a importante presença portuguesa neste Estado e no vizinho País de Bangladesh.


Em Kolkata, na parte antiga, muito perto da grande e famosa ponte de Howrah sobre o rio Hugli, que cruzam diariamente mais de um milhom de pessoas, existe uma grande catedral portuguesa. Fomos ali e tiramos muitas fotos. Está dedicada à Nossa Senhora do Rossário. Um dos seus sacerdotes comentou-nos que perto da estaçom dos comboios de Sealdah (a segunda em importância de Kolkata) existe outra igreja portuguesa que visitaremos na próxima viagem a esta cidade. A catedral antes citada foi construída em 1747.


Dentro da mesma, ademais da Virgem principal, existem as figuras de Santo António, Sam José e o Sagrado Coraçom de Jesus. Ao lado da igreja existe um orfanato, uma imprensa e as vivendas dos sacerdotes e sacristães. Muito perto desta catedral há um grande mercado e diferentes templos jainistas, hinduístas e sij. Um pouco mais longe uma grande mesquita mussulmana.


(*) Professor Titular da Faculdade de Educaçom de Ourense

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