Opinión

Conselhos ao novo Governo galego

Pedimos à nova Junta que governem para todos e todas, que vejam a Galiza como um todo e que nom discriminem e nom sejan nem sobérbios, nem sectários T odos esperavamos muito mais do anterior governo bipartito da Junta da Galiza. Todos tinhamos claro que quinze anos com um mesmo governo nom era bom para a Nossa Terra. E votamos polo cámbio. Hoje muitos estamos defraudados polos muitos erros do governo saínte. Queremos dar-lhe um tempo ao novo e nom queremos cair nos pre-conceitos habituais de muitos analistas. O que seja já se verá. Estamos seguros que em algumas áreas o novo governo nom o vai fazer pior e, se nom é sectário, escoita e ajuda a todos sem discriminar, já nos damos com um canto nos dentes. Com humildade e, em especial, nos campos que mais conhecemos, polas nossas profissoes e aficçoes, que som a educaçom, a cultura e o idioma, gostariamos de dar-lhe ao novo governo algúns conselhos. Que poderiam resumir-se, sem ser exaustivos, nos seguintes: 1º.Do realizado polo anterior governo nom deveria botar-se por terra os projectos iniciados em médio rural, a defesa das nossas costas, nom permitindo construir a menos de 500 metros e algumas políticas de vivenda. Ademais de manter o talante nom sectário e equilibrado de política lingüística com Marisol López.


2º.Castelao dizia que se aínda somos galegos é polo idioma. Que nom devemos perder. Para isso é necessário esquecer quanto antes aquela lei e decreto de 1983. Que tanto dano fez ao nosso idioma secular e internacional. Aí estam os dados recentes da gravíssima perda de falantes. O novo governo deve ter a valentia de propor uma nova norma para o galego. Abríndo-se ao mundo lusófono e ao seu acordo ortográfico já, porque, quánto tempo levamos perdido! A nossa língua é útil se se escreve bem, pois é oficial em oito países soberanos no mundo. E logo nom fechar-se a que os nossos rapazes aprendam castelhano e outras línguas importantes do planeta. A política lingüística tem que mudar e muito. 3º.Passar já as Galescolas, com o nome de escolas infantís (0 a 3 anos) ao seu lugar natural que é a rede educativa. Ao mesmo tempo criar uma rede de ludotecas ou brinquedotecas para toda Galiza, que isto sim que é importante, inclusivê para galeguizar a infância. É asombroso, mais somos a única comu nidade que nom tem em Espanha esta rede. Mesmo La Rioja, uniprovincial, a tem e nos supera.


4º.Criar escolas de nais e pais nas cidades, nas vilas e nas comarcas galegas. Colaborando para o seu funcionamento com outras instituçoes públicas e privadas.


5º.Levar a cabo uma verdadeira renovaçom pedagógica nos nossos centros de ensino. As escolas actuais, em crise, necessitam uma mudança profunda, para adaptá-las aos novos tempos. Para isso há que contar mais com os docentes e incentivá-los. E levar para a frente uma verdadeira formaçom do professorado em exercício. Que é o mesmo que fazer o contrário do que fez a direcçom geral de inovaçom. Que foi mais de inquisiçom e persecuçom, que o que tinha que ser. 6º.Recuperar o Seminário de Estudos Galegos (SEG). Labor que parece tinha iniciado a conselharia de Méndez Romeu, promovendo uma fundaçom. Seria esta a melhor homenagem que lhe poderiamos fazer a esse galego tam digno que é Isaac Diaz Pardo, felizmente aínda vivo.


7º.Abandonar a cultura faraónica. Dar-lhe mais importáncia à cultura das associaçoes de base e às demandas culturais dos cidadaos. A cultura tem que programar-se desde abaixo, nunca desde o vértice da pirámide. Ademais de deixar posso na cidadania, é democrática e nom necessita tanto orçamento. Os campos do cinema, o teatro, os livros e a leitura, devem ser prioritários. Ademais de promover a nossa cultura, como é natural, e os nossos criadores, nom temos porque fechar-nos a outras culturas do mundo.


8º.Nom esquecer à juventude, o sector mais importante da sociedade. Para isso há que colher o touro polos cornos e fazer uma política decidida, séria e real, na procura do emprego juvenil nom precário. E porque tenham espaços, tempos e programas adeqüados para eles.


Mas, podem esquecer todo isto. O que sim lhes pedimos de coraçom à nova Junta é que governem para todos e todas, que vejam a Galiza como um todo e que nom discriminem e nom sejam nem sobérbios, nem sectários. Com isso bastaria. Pedimos pouco ou muito?

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