Opinión

Escolas para todos na India

O passado primeiro de abril Manmohan Singh, primeiro ministro de Índia, dava uma grande notícia ao país ao anunciar a entrada em vigor duma importante lei educativa, pola que se regula o ensino básico e gratuíto para todos os nenos e nenas da República indiana, em idade de escolaridade elemental, dos 6 aos 14 anos. Tal lei pudo ser promulgada agora porque a Índia é um dos países economicamente emergentes do mundo, que medra cada ano num 8 ou 9 por cento o seu PIB. Eu, que amo este país e nas minhas estáncias alí som muito feliz e disfruto de verdade, levei tambem uma grande alegria por este anúncio. Por fim, as nenas do rural vam poder ter uma praça escolar para serem escolarizadas gratuitamente no ensino básico ou primário. Até agora a maioria das nenas das zonas rurais nom estavam escolarizadas, o que aumentava a já tradicional marginaçom das mulheres do subcontinente indiano. Um dos maiores problemas, ao meu modo de ver, que tem a Índia, embora sejam as mulheres o melhor e mais importante que alí existe. Junto com os jovens e crianças, educadas, alegres, inteligentes e que, quando vam à escola, respeitam aos seus mestres e têm sede e desejos de aprender, som curiosas e muito alegres e agradecidas. Se vivessem Gandhi e Tagore, que muito amavam ambos mulheres e crianças, sentiriam-se tambem muito felizes pola promulgaçom desta lei educativa. Muito similar à promulgada em 1931 pola Segunda República em Espanha. Esta lei fora aprovada no passado mes de agosto polo Parlamento indiano radicado na capital Nova Deli. Independentemente do gênero e da categoria social das crianças, todas vam ter acesso à educaçom elemental. Que permita possam adquirir as habilidades, conhecimentos e competências básicas, ademais de desenvolver as suas aptitudes intelectuais. E lograr assim cidadaos educados, responsáveis e activos em toda a Índia, tanto rural, como urbana. A mesma lei da prioridade à educaçom das mulheres e às muitas pessoas sem casta, que som maioria no país, até o ponto de que contempla que os centros privados deverám acolher nas suas aulas com postos escolares a um 25 por cento destas pessoas. Para isso deverám colaborar os concelhos e os governos dos diferentes estados indianos.

Para poder aplicar esta importante lei nos próximos anos a Índia vai necessitar formar a um milhom e douscentos mil mestres. Tambem, paralelamente, terá que construir milhares de escolas em todos os estados da Uniom. Investimento que vai poder fazer, pola situaçom económica do país, sempre em ascenso nas últimas décadas. De entrada conta este grande país com uma grande riqueza : tem muitas crianças e muitos jovens. Todos com valores e desejos de aprender e prosperar. A maioria com grandes aptitudes intelectuais, especialmente em matemáticas, que semelha ser genético nos indianos, em domínio de línguas e capacidades para aprender novos idiomas, em informática e aspectos económico-administrativos. O clima tambem favorece, pois em muitos lugares podem manter-se escolas ao ar livre, debaixo de grandes ârvores, como é o caso do estado de Bengala. Eu mesmo tenho pensado abrir em terrenos próximos a Santiniketon, e tambem em Bangladesh, escolas ao ar livre, polo seu baixo custo e porque tambem os recursos didácticos som alí para nós muito baratos. O que sim vai ser necessário é formar didáctica e psicologicamente aos muitos docentes que vam fazer falta para atender a uma povoaçom infantil tam elevada, como é a indiana. A solidariedade de organismos internacionais e dos países ocidentais tambem vai ser bem recebida, se é que se produz.

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