Opinión

Fracasso do pacto educativo

Há muito tempo que os que trabalhamos no nosso país no mundo educativo vinhamos reclamando a nível de Estado um Pacto Educativo. Para evitar as nefastas mudanças das leis ao alvor do governo de turno. Que está levando ao nosso país a nom saber com que lei educativa estamos funcionando. Um país nom pode suportar que segundo a côr política guvernamental, a cada momento se mudem as leis do seu ensino e se generem tantas dúvidas e enfrontamentos. Uma lei educativa necessita estabilidade no tempo e tam só mudar aqueles aspectos da mesma que, porque nom funcionam ou nom serem positivos, tenhamos que cambiá-los. Por isto era vitalmente necessário que, com o apoio de todos os grupos políticos, sindicais, familiares, culturais e os MRPs, se estabelece-se em Espanha um Pacto pola Educaçom. Que contemplasse as linhas básicas, para décadas, sobre as que deveria funcionar o ensino de todos os níveis no Estado Espanhol. Linhas básicas que poderiam ser mantidas ao largo do tempo, embora houvesse diferentes cámbios de governos no país. Quando há quase um ano o ministro Gabilondo (para nós o segundo bom ministro que tuvemos desde que temos democracia, pois o primeiro foi Maravall), propús o pacto educativo, reconhecemos que nos encheu de esperança. Desta vai!, dissem eu, incauto que som. Nom pensei que no nosso país aínda hoje, e infelizmente se cabe com mais força, segue imperando o partidismo feroz, o sectarismo, o eleitoralismo e o nacionalismo fundamentalista, do que o mais perigoso é o espanhol centralista. Que nom entende que Espanha é um país com uma unidade e com uma diversidade. E ambas deveriam poder compaginar-se e conviver. Nom se impús a cordura e o pacto que desejavamos terminou em fracasso. Os culpáveis todos, e algúns mais que outros. Em educaçom há que pensar sempre no bem geral, no bem de todos os cidadaos e menos olhar-se para o próprio embigo. Os países progredem se cuidam a educaçom, se formam bem aos seus ensinantes e os prestigiam, se implicam às famílias de forma constructiva e se dedicam dinheiro a um tema que, junto com a saúde, é o mais importante de todos.

Temos o exemplo de Finlândia, no que todos coincidimos que é o país europeu, muito superior aos demais, que conta com o melhor sistema educativo do velho continente. E, por qué isto é? Em primeiro lugar, porque desde há décadas estabeleceram um pacto educativo, superador das lógicas diferenças dos diferentes partidos que se turnam nos governos. Em segundo lugar, porque dedica quase um 6 por cento do seu produto interior bruto a educaçom e o investem bem. Em terceiro lugar, porque cuidam muito a formaçom inicial e em exercício dos seus docentes e som considerados alí como os profissionais mais importantes para a sociedade.

Por último, porque implicam de forma positiva na educaçom às famílias, nom enfrontando-as com os ensinantes, senom colocando-as no seu importante papel educativo de complementariedade. Estas linhas básicas contempladas no seu pacto educativo, vigente desde há muito tempo, levaram aos fineses a serem o povo de maior nível educativo na Europa e o país com menor índice de insucesso escolar. Era tam difícil em Espanha chegar a um pacto que contemplasse as linhas básicas finesas? Estabelecer um novo plano de formaçom inicial e permanente dos nossos docentes, pois da nossa história só salvamos o de 1931, o melhor com muito, e o de 1967, sendo o actual o pior, o que nom deixa de ser paradoxal. Implicar de forma positiva às famílias criando escolas para pais e mais. Cuidar que os médios de comunicaçom, que configuram a terceira escola, nom menos importante, tenham programas educativos e lúdicos adequados. E dedicar muito mais dinheiro ao ensino, controlando como é lógico bem o seu gasto e investimento. Ademais de introduzir inovaçoes no currículo. O que nom pode ser é que nom se chegasse ao pacto, por causa de visoes parciais e nom gerais de vários grupos. Um exemplo : o tema do castelhano por opiniom cerril de algúns, que nom se dam conta que som as comunidades com duas língua as de maior nível em domínio de idiomas. E nom vam ser tam tontas de prescindir dum idioma que é o segundo em importância no mundo, podendo chegar a superar em breve ao pröprio inglês. Outro dia falaremos do error que é funcionar com decretos que enfrotam a todos contra todos e nom utilizar outras estratégias mais criativas e constructivas. As imposiçoes, venham de onde venham, ninguêm as aceita. Nom gostam a ninguêm. Em Galiza sabemos bem o que isto é, seguindo a funcionar contra o sentido comum, que é o menos comum de todos os sentidos.

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