Opinión

Os idiomas da Índia

A riqueza idiomática é tam grande na República Federal da Índia e a politica linguística levada a cabo polo governo central de Nova Deli tam acertada, que nom há muito tempo a Comunidade Europeia assinou um protocolo de colaboraçom com este grande país asiático para desenhar politicas linguísticas similares. E ver como as levam para a frente aqui. Tratando de desenvolver na Europa estratégias linguísticas adequadas. No caminho de preservar a diversidade linguística e favorecer, nom só a aprendizagem de línguas, como também o respeito por todos os idiomas. Que som uma grande riqueza cultural de enorme magnitude. Isto o sabem muito bem na Índia. Onde a Academia, chamada Sahitya Akademi, radicada em Deli, e que eu visitei no seu dia, é uma instituiçom extraordinária para todas as línguas indianas, sem exclusom. Nom como a Real Espanhola, que tinha que ser para as quatro línguas que se falam no território do Estado, e nom só para o castelhano em exclusivo. Isso evitaria todos os problemas artificiais e artificiosos que existem sobre os idiomas em Espanha. Na Academia de Deli publicam-se livros em todos os idiomas dos diferentes Estados da República, ademais dos oficiais hindi e inglês de todo o território. No sistema educativo indiano todos os rapazes ao terminar a secundária dominam polo menos três: o hindi, o inglês e o seu do Estado em que se encontrem, onde é oficial. Nas notas de banco, em todas as quais aparece a grande figura de Gandhi, no seu reverso som resenhados os dezassete idiomas oficiais da Republica.


Todos os idiomas que se falam no norte da Índia (os do sul têm outra origem), procedem do sânscrito. Que, como todos sabemos, tem como pai o antigo indo-europeu, pai também do latim e do grego. Por isso a fonética do hindi e do bangla é muito parecida com a do castelhano, galego-português e italiano. E muitas raízes das palavras som comuns às das nossas. O sânscrito é usado ainda em todo o tipo de actos religiosos, dominado polos brâmanes. Todos os estudantes dos cursos de filologia têm que aprendê-lo. A propósito, o meu amigo Óscar Pujol, actual director do centro Cervantes de Deli, é um especialista neste idioma, que estudou em Benares durante quinze anos e já publicou um importante dicionário sânscrito-catalám. O hindi é usado por mais de 422 milhões de pessoas, especialmente nos Estados nortenhos. O bangla é falado em Bengala por perto de 90 milhões, sem contar com Bangladesh, onde o usam a diário uns 170 milhões. Os outros idiomas oficiais, assinalando entre parênteses o numero de utentes, som: o telugo no sul (75), o tamil em Tamil Nadu (61), o urdu, que é o hindi com grafia árabe, falado em Deli e Estados com mais mussulmanos (52), o oriá de Orissa (33), o canará de Karnataka (38), o guzerate de Guzerate (46), o marata de Maharashtra (72), o malaiala de Kerala (33), o panjabi de Panjabe (29), o assamês de Assam (13), o maithili de Bihar (12), o santali dos povos tribais Santals (7), o concani de Goa (3) e o caxemíri de Caxemira (6). Outros idiomas já menos falados e minoritários som o bodo, o dogri, o manipuri, o nepali e o sindi. Na minha biblioteca Tagore em Ourense tenho livros de Tagore e sobre Tagore aproximadamente numa dúzia destes idiomas indianos. A Índia é um autêntico laboratório linguístico do qual podemos aprender muito os europeus. Para nom cometer os erros habituais neste tema.


(*) Professor Numerário da Faculdade de Educaçom de Ourense

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