Opinión

A mestra de Banga María G. Agualevada

Quando estava na flor da sua vida e, junto com o seu companheiro Óscar Diaz, tambem mestre, muito ilusionados pola nena de oito meses que levava no seu ventre, para a que já escolheram o nome de Alba, a mestra natural de Banga, Maria González Agualevada, teve a cruel visita da morte. Tinha 37 anos de idade e desde há bastantes anos exercia de docente no CRA (Centro Rural Agrupado) de Tominho, em terras rurais que banha o nosso rio Minho. Antes, como interina, andivo por numerosos centros de ensino. E em todos, pola sua bondade, entrega, companheirismo e generosidade, deixou infinidade de amigos entre os seus companheiros e companheiras docentes. Tantos, que a tarde do seu pasamento o passado dia 3, na igreja parroquial de Banga, rios e rios de gentes vindas de todos os lugares, fumos dar-lhe o último adeus. Porque Maria era todo coraçom e nobreza. Todo botanee e dignidade. Sempre entregada aos demais e às cuyanas. Em Carvalhinho era muito apreciada, pois sempre se apresentava de voluntária para ajudar aos demais. Por isso era colaboradora da Cruz Vermelha, na que laborava de graça e sempre estava disposta a participar para fazer o bem. Esse dia encontrei alí ao antigo alcaide Marnotes e eu emocionei-me quando me comentou que Maria era tam boa pessoa que só bastava com chamá-la para que se apresentara de imediato a ajudar nas cousas positivas. Isto já o sabia, porque Maria, junto com o seu esposo Óscar, eram as pessoas mais dignas e nobres que eu tinha como colaboradoras nas actividades de renovaçom pedagógica, e antes já em várias ediçoes do programa de dinamizaçom infantil 'Ourense Lúdico', patrocinado pola Deputaçom Provincial ourensana.


Actualmente Maria presidia o movimento de renovaçom pedagógica APJEGP (Associaçom Pedagógica Jornadas do Ensino de Galiza e Portugal). Na comarca do Baixo-Minho, com o seu esposo Óscar, secretário da associaçom, levava organizadas nos últimos tempos muitas actividades de formaçom do professorado em exercício. Era uma grande experta e amante das actividades artísticas e lúdicas, sempre preocupada pola calidade do ensino e da sua renovaçom educativa. E tambem polas suas crianças. Entre as suas muitas virtudes, quero destacar especialmente a sua alegria, a sua nobreza, o seu espírito de trabalho, a sua fidelidade aos amigos e a sua atitude franciscana com certa inocência e agrado. Era uma mestra tagoreana, amante da bondade, a verdade e a beleza. Como é natural, a sua perda física provocou em toda a sua família uma funda tristura. A mim, há muito tempo que nom tenho sentido tanto a perda de uma pessoa que muito apreciava e admirava. Espero que Óscar e a sua filha Alba saibam manter viva a memória da sua Maria. Uma mestra digna e amável, e grande servidora à comunidade. Do que da ideia tambem, do seu profundo amor polos seus semelhantes, que fosse donante dos seus órgaos. Maria há ficar sempre na minha memória, na minha alma e no meu coraçom. Uma mestra como ela nom morrerá espiritualmente nunca.

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