Opinión

Necesitamos educadores/as sociais

Um real decreto publicado no BOE do primeiro de outubro de 1991 estabeleceu o título da diplomatura de educaçóm social. Desde outubro de 1994 existem estes estudos no nosso campus universitário, cujo plano de estudos foi aprovado e publicado no boletím oficial o vintetrés de novembro do mesmo ano. Quém suscreve é professor de Didáctica na titulaçóm desde o primeiro momento. Actualmente este é um dos títulos da Faculdade de Educaçóm de Ourense. A primeira promoçóm diplomou-se no ano 1997, e dentro duns dias diplomara-se a décimo segunda.


Infelizmente, ao melhor por novidosa, é esta uma titulaçóm pouco conhecida entre a cidadania. E menos conhecida é aínda a sua funcionalidade e o seu campo de trabalho. Um dos aspectos pendentes da mesma é fazer-se vissível e demonstrar a sua necessidade na sociedade actual e em muitos dos seus contextos. Uma necessidade muito evidente, especialmente na sociedade occidental, que perdeu a maioria dos valores humanos. Embora pouco conhecida, já bastantes titulados estam a trabalhar como educadores/as sociais. Nomeadamente nos contextos da chamada terceira idade, onde a administraçóm autonómica mais se tem preocupado.


Em Catalunya, como passa com muitas alternativas positivas, muito antes de criar-se o título oficial, a universidade já tinha um título próprio de educaçóm social. E também o seu colégio profissional. Dadas as circunstáncias e os múltiples problemas sociais que existem na nossa sociedade, este tipo de profissionais fam-se cada vez mais necessários. A sociedade actual deveria sensibilizar-se para apoiar a criaçóm de postos de trabalho para estes titulados, a maioria ademais jovens. Tema prioritário, antes que muitos outros que às vezes, equivocadamente, apoiamos, e que nom som nem urgentes nem necessários. Na Galiza contamos com estes estudos nas tres universidades. Em Ourense, Corunha e Compostela.

Para exercer esta profissóm, fam falta perssoas com muitas qualidades humanas. Com dinamismo e alegria. Com valores humanos, como solidariedade, ética, compreensóm, respeito e tolerância, amantes da vida e da natureza, criatividade, intuiçóm, capacidade para reflectir, saber sumar e nom restar, ter humor e capacidade directiva e, especialmente, respeitar e querer ajudar aos demais. Sabendo escoitar e nom impondo nem ideias nem atitudes. Ao mesmo tempo estas pessoas ham de ter um domínio de competências básicas para o seu exercício profissional. Entre as que destacam o saber desenhar planos e programas de intervençóm sócio-educativa em diferentes contextos. Saber pescudar sobre necessidade e demandas. Compreender a psicologia das pessoas, saber planejar e avaliar. Ter um caixóm de estratégias para solucionar os diferentes dilemas que que vam surgindo durante o seu trabalho. Saber acceder aos diferentes recursos, dominar as novas tecnologias, conhecer a metodologia das dinámicas de grupos e saber idiomas. Todo, a poder ser, adornado de originali dade, criatividade, alegria e muitas arrobas de paciéncia.


Múltiples som os contextos da actuaçóm destes profissionais. Em primeiro lugar coa infância, dinamizando ludotecas ou brinquedotecas, apoiando as crianças desvalidas, marginadas pola sua étnia, a sua procedéncia social , ou por ser filhos de inmigrantes. Pensamos que é muito urgente estabelecer uma praça de educador/a social por cada dez unidades dos centros educativos. E que, em aqueles de jornada única, sejam estes profissionais os que dinamizem as actividades circum-escolares em horário de tarde. Em segundo lugar um campo de trabalho importante é o da juventude. Dinamizando casas da juventude e clubes juvenís, organizando actividades de tempo de lecer positivas, que contrarrestem o botelhóm. Desenvolvendo habilidades sociais a ajudando à inserçón laboral de inadaptados e marginados. Na terceira idade, trabalhando em centros de dia e em residências de pessoas maiores, onde som muito necessários. Outros contextos nom menos importantes som os de educadores de rua e de bairro, intervir na educaçóm preventiva com menores, contra a violéncia em centros e nas pandilhas, contra a violéncia de gênero, hoje verdadeira lacra, contra o consumismo, a drogadiçóm, o alcolismo, a prostituiçom, a marginalidade, os crimens contra a natureza, os grupos neo-nazis, as máfias... Para isso devem ajudar a favorecer uma cultura de paz, a ecologia, a interculturalidade e o respeito entre todos os seres humanos. Qué importante é o trabalho destes profissionais! E, no momento que vivimos, quánta falta nos fam os/as educadores/as sociais! (*) Professor da Faculdade de Educaçóm de Ourense

Te puede interesar