Opinión

PAN POR PAN

Do viño. Vexo na televisión ó noso conselleiro do Medio Rural catando de vagariño unha copa de viño nun acto institucional ó que ten que asistir polo seu cargo. Sabendo da austeridade abstemia de Suárez Canal, a cousa ten o seu mérito. Por iso imos dedicarlle estes versos de Murilo Mendes, un gran poeta modernista brasileiro: ‘As redondezas do vinho. As asperezas do vinho. / As veleidades do vinho. As veludezas do vinho. / As calorias do vinho. Os labirintos do vinho. / As branquidades do vinho. As verdolências do vinho. / As rosaledas do vinho. As inverdades do vinho. / As bordalesas do vin ho. As borgonhesas do vinho. / As fluidezas do vinho. As espessuras do vinho. / Os jaguardentes do vinho. As águas duras do vinho. / As florisbelas do vinho. As florisfeias do vinho. / Os operários do vinho. As excelências do vinho. / As sonolências do vinho. Os maremotos do vinho’.



Te puede interesar