Opinión

A Conselharia de Educaçóm contra Platóm

O filósofo grego Platóm definiu já fai muitos séculos no seu livro A República o termo educaçóm. Com bom critêrio sinalava que educar era ’Dar ao corpo e à alma toda a beleza e perfeiçóm de que som susceptíveis’. A nossa professora de Pedagogia na Escola Normal de Ourense, Carmen López Lucas, explicava-nos no seu dia de forma maravilhosa o importante que é para a formaçóm das crianças e jovens a educaçóm física. E também a estética, a moral e a intelectual, para acadar uma educaçóm integral da pessoa humana, no senso platónico. A actual Conselharia de Educaçóm da Junta da Galiza, e grande parte da sua equipa de governo, da que salvamos entre outros ao Director Geral de FP, tem falta grave de sensibilidade e muito desconhecimento sobre pedagogia e didáctica. O que explica as muitas asneiras que levam cometido desde a constituiçóm do novo governo galego, saído das últimas eleiçoes autonómicas. Entre os muitos erros cometidos queremos destacar os seguintes : 1º.Ao pouco de tomar pose, decíde-se eliminar a Direcçóm Geral de Persoal e criar duas para Universidades. Sendo a Conselharia com mais trabalhadores e funcionários parece absurda a medida. E duas para universidades, aínda mais, pois pensamos que nom fariam falta, dado que as universidades som autónomas e chegaria com uma Secretaria para ensino superior. 2º.Livros de texto grátis para todos. Outro absurdo, porque haveria que estabelecer o cheque-livro para as famílias que o necessitasem. A medida favorece a infravalorizaçóm dos livros entre os cidadaos e a crise das livrarias. Melhor seria questionar o livro de texto como estratégia didáctica e estabelecer com aqueles fundos económicos, nos centros de ensino, bibliotecas de aula com livros e recursos variados. O que se fazia, por exemplo, na ILE de Giner e Cossío.


3º.Criar problemas artificiais onde nom os havia. É o caso dos novos horários, que tantos rios de tinta provocaram e assembleias e protestas de muitos docentes. Tema grave, porque aínda nom se fez um planejamento racional e profundo da organizaçóm escolar e de horário nos centros.


4º.Resulta paradoxal que quando é criada por primeira vez uma Direcçóm Geral de Inovaçóm educativa, é quando mais problemas têm as entidades de renovaçóm pedagógica. Algumas nascidas a finais dos anos setenta e com um trabalho prolongado ao largo do tempo. Para esta viagem nom se necessitavam tais alforjas. Os problemas foram e som tantos que pensamos que era melhor que nom existisse esta Direcçóm Geral. Que faz bom o labor da anterior Conselharia neste tema. Cousas veredes. 5º.Política errada no sistema de concurso-oposiçóm, que também colheitou infindade de protestas e mesmo recursos judiciais. É certo que o problema de tantos docentes interinos e contratados é um problema herdado. Mas a soluçóm tinha que ser outra, com outro modelo.


6º.A última asneira está aí, na secundária. É a proposta de reducçóm horária nas disciplinas de educaçóm física, filosofia e história. Precissamente as áreas que haveria que potenciar mais, polo seu grande valor educativo. Qual será a próxima asneira, se Deus ou Tourinho nom o remédia?


(*) Professor titular da Faculdade de Educaçóm de Ourense

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