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Na ausência ainda dumha norma detalhada que especifique as circunstâncias em que o culto religioso, especialmente o muçulmano, podería ser afetado em Jumilla, o debate sobre a proibição do mesmo em locais municipais devería ter muito pouco alcance. Também não deveria ter grandes consequências na prática, uma vez que nem mesmo a norma proíbe a realização de cultos coletivos no município, mas apenas que o concelho não disponibilizará locais para esse fim. Em princípio, não deveria ser mais do que uma discussão sobre o uso dos espaços públicos.
Mas a discussão derivou em mais um episódio da guerra cultural que se desenvolve em Espanha, como em grande parte do mundo ocidental, sobre a integração cultural dos imigrantes e foi habilmente aproveitada pelo governo para abrir uma nova frente de batalha contra a oposição, algo que o Vox parece apreciar, mas que coloca o PP numa posição política bastante desfavorável. Este, por vezes, aceita propostas do Vox, em troca da aprovação de orçamentos ou outras leis nos lugares onde governa em minoria, com a ideia de que não passam de declarações retóricas, como quando os presidentes Mazón, da Comunidade Valenciana, e López Miras, de Múrcia, fizeram declarações contra a Agenda Verde, mas sem mais consequências. Neste caso, parece que fizeram algo semelhante, mas as consequências, num ambiente já muito condicionado pelos debates sobre a imigração, foram muito diferentes.
A regulamentação aprovada em Jumilla é, por tanto, uma trampa para o PP, da qual é difícil sair, uma vez que não está preparado para este tipo de combates.
O PP dos últimos vinte anos não é um partido preparado para a guerra cultural. Nunca se preocupou excessivamente com debates ideológicos e confiou os seus bons resultados eleitorais aos seus quadros políticos e técnicos bem treinados. A sua estratégia é a moderação e não assustar, e as suas ideias não deixam de ser uma versão mais ou menos suavizada dos princípios da social-democracia ou do centrismo reformista, seja qual for o significado destes. Partia do princípio de que contava com todos os votos da direita e modulava então o seu discurso para conseguir atrair alguns eleitores insatisfeitos da esquerda, ou pelo menos que se abstivessem, e assim conseguir formar maiorias governamentais, sozinho ou com partidos regionais semelhantes, como o PNV ou a antiga CIU. Mas esta não é a situação atual, uma vez que existe um partido consolidado à sua direita com um discurso ideológico forte, que podería até atraer parte dos eleitores do PP que não duvidariam em mudar se o PP se desviasse demasiado para o centro.
A regulamentação aprovada em Jumilla é, por tanto, uma trampa para o PP, da qual é difícil sair, uma vez que não está preparado para este tipo de combates. A resposta dos socialistas e dos seus parceiros da esquerda é a habitual, ou seja, acusar a medida de racista e xenófoba. A resposta do Vox também é a esperada e provavelmente preparada e ensaiada de antemão, a de defender os valores cristãos ocidentais e espanhois contra a ameaça da imigração muçulmana descontrolada. E qual poderia ser a resposta do PP ao ser acusado de racista e extremista? O normal seria ter um discurso próprio sobre o tema, mas não o tem máis alá do clichê de fazer cumprir a lei. Então, ou adota o discurso do Vox, que não está preparado para defender, ou se afasta dele e coincide com os socialistas e seus parceiros, mas também sem muita convicção e ficando numa espécie de terra de ninguém , sem ser capaz de dirigir a agenda política.. É o problema de querer evitar o discurso ideológico: se não o diriges tu , acabas por ser dirigido. O político não vive apenas de boa gestão, muito menos hoje em dia. Seria uma boa ideia começar a pensar nisso.
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