La Región
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Pola década dos 50 do século passado chegava o vinho do Ribeiro ás tabernas de Ourense a granel e em bocões; os taberneiros tinham seus próprios provedores entre as diversas adegas; cada um publicitava seu produto e o abilhar de cada pipa recém-chegada e comprovar sua qualidade era um ato social, prévio aviso do dia, taberna e hora do abilhado assim como intervenção do catador que daria seu veredicto, pessoagem que alguns chamavam o “trénico”. Em algum desses eventos, a que assisti, catador invitado era José Manuel Fernández Anguiano, que intervinha avalado pola sua carreira de perito agrícola e sua portentosa nariz para distinguir os aromas de toda clãs de componentes do vinho recém abilhado, para dar-nos sua opinião sobre as bondades do caldo recém-chegado e poder lançar a boa nova de que na taberna tal se recebera um vinho de qualidade. Naquele Ourense de apenas 60.000 habitantes era difícil não coincidir, todos nos conhecíamos, saudávamos, mas cada um tinha seu grupo e nesses grupos só causalmente coincidia com José Manuel, atarefado ele em multiples atividades com a Agronómica, La Región, Meisa, Cabeça de Manzaneda, D.O.Ribeiro e muitas outras
A que fora Atenas de Galiza sempre conservou uma impronta cultural em todos os ambientes e, como não, também na cultura do vinho. No vinho como cultura movia-se Pepe Posada, homem irrepetível, imaginativo e executivo que por finais da década dos 80, numa tarde tabernária, e para pôr no mundo os vinhos galegos, fundou com Manuel Cabezas e José Manuel F. Anguiano o que constitui na atualidade uma vigorosa realidade e que responde ao nome de Irmandade dos Vinhos Galegos. A ideia foi um êxito e pronto nos constituímos como associação cultural com mais de um centenar de membros. Integrado eu também nas tarefas constitutivas com os três mencionados, de cuia categoria humana podo dar fe, por uma serie de circunstâncias a diretiva na prática ficou reduzida a Posada, Anguiano e mais eu que a determinada altura passei a ser o preboste, mais bem porque era o único cargo livre, pois Posada já se autodesignara como secretario perpétuo e Anguiano como Síndico. Foi a partir de essa colaboração que eu conheci a verdadeira dimensão humana de Anguiano. Pois a Posada já o conhecia de antes e o tinha em alta estima. A Irmandade tomou sentido nas inquedanzas e conhecimentos de Posada e Anguiano que estavam presentes em todas as atividades relacionadas com a elaboração, publicidade e divulgação dos caldos galegos mantendo enriquecedora correspondência com outras confrarias vinícolas, especialmente do alem o rio Minho. Na colaboração (a vezes oposição) que faiamos a Posada, Anguiano e mais eu construímos uma amizade intensa, pois era o protótipo do amigo, leal, sincero e divertido.
Ninguem pensava que Posada, alma mater da Irmandade e como alter ego nosso, podia morrer. Mas a errática senhora da gadanha reclamou-o. E a o intenso dor que pola sua falta sentíamos Anguiano e mais eu unia-se a responsabilidade de dar continuidade á Irmandade. Encomenda que assumimos e, cada um no que sabíamos e sempre um em ajuda do outro, e com a colaboração impagável de todos os irmandinhos, dimos continuidade ás atividades e a manter uma confraria de amigos com nossas reuniões, nossas catas e nossas ideias ou ajudas para todos aqueles que elaboram e sentem a magia do vinho galego. E a ajuda que nos últimos tempos nas prestam Angel Pascual e Manuel Rajo.
Esse tempo de ambos em solitário me deu a medida da categoria humana de José Manuel Fernández Anguiano, da sua bonhomia. E de novo a morte, tanto injusta como a vida, me priva do companheiro, amigo, complice. Com um “adeus” que não querias e que é o final, a convicção de não volver a verte, de não compartir vinhos nem projetos, nem chamadas telefónicas ou c.e. consultando ou despejando dúvidas. A Irmandade já se vale sem nos. Eu mentras viva seguirei brindando por ti e contigo, amigo.
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