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JARDÍN ABIERTO
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Mes de junho de 2023, o Governo do Estado espanhol adia sine die o corredor do Atlântico, do que segue como único valedor Portugal, mantendo o do Mediterrâneo e negando a Galiza uma infraestrutura ferroviária fundamental (também passou com o gasoduto do hidrogênio verde). As circunstancias são interessantes e podem dar para outro artículo, porem agora me importa destacar que também num mês de junho, no ano de 1931 o Governo central paralisava outra estrutura ferroviária que se considerava chave para o pais, priorizando atuações em infraestruturas noutros lugares do Estado.
Naquela altura do 1931, a consciência cidadã do expolio e da discriminação do país, que explodiu com a paralização das obras do ferrocarril, deu lugar a um intenso processo de agitação e mobilização por todo o território galego, que teve sua manifestação mais popular o dia 23 no Orcelhom e no Carvalhinho que tomou a casa do Concelho e proclamou o Estado galego, até desembocarem na declaração da República Galega. Precedida de vários contatos entre as forças políticas, cargos eleitos e dirigentes obreiros, decidirem o dia 24, depois dos acontecimentos de O Carvalhinho, convocar uma assembleia massiva em Ourense para o dia 25 que se viu respaldada por vários concelhos samoranos, entre eles a comarca da Seabra que pediu sua incorporação a Galiza. Foi o dia 25 um dia de grande agitação especialmente em Ourense, que numa grande manifestação de pessoas achegadas de diversos lugares, incluso a comarca do Deza, um grupo entrou na Casa do Concelho, retiraram a bandeira espanhola, izarom a galega e proclamarem a República Galega com o aplauso de todos os assistentes, feito transcendente que não passou desapercebido para os jornais da época, tanto nacionais como internacionais, assim o Pueblo Gallego, na sua edição do 26, já da noticia do ocorrido e na mesma data o jornal Chicago Tribune publicava a crônica do mestre de jornalistas USA Jay Allen: “Em Ourense... um pequeno grupo de conspiradores tocou campás e sirenas antes de amanhecer esta manhã proclamando a República de Galiza”, e, o também USA, Pittsburgh Post Gazete noticiava que “em Ourense vários manifestantes obrigarem a um telegrafista a transmitir ao Governo de Madrid uma mensagem que dize, Galiza é agora uma República independente do resto de Espanha”, e desde Madrid, Ernest Hemingway escrevia a seu amigo John dos Passos que “os galegos vão proclamar a República Socialista de Galiza”. Outros jornais, nesses dias e sucessivos, insistirem na notícia e nos feitos. Compostela foi cenário chave de esta República galega que formalizou a proclamação o dia 27 designando presidente a Alonso Rios.
Este feito histórico, ignorado na historiografia política espanhola, não pode ser reduzido a mera anedota, pois tem o significado de uma vontade popular consciente da sua marginação e da capacidade para valer se por si mesmo. Vontade persistente, pois em março de 1932 Ourense repetiu a proclamação duma nova República Galega no marco de uma grande agitação e mobilização social, duramente reprimida polas forças de sempre da ordem que abriram fogo real contra a manifestação.
Sobre estes feitos tem escrito documentados artigos o historiador Cilia Torna.
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