La Región
JARDÍN ABIERTO
Simbología de la flor de amarilis en Navidad
Há um dito popular que deixa sem resolver a questão, o homem é de onde nasce ou de onde pasce? Outra reflexão mais culta é a afirmação de Rilke de que a verdadeira pátria do homem fica na sua infância. Mais de uma vez tratei de aclarar a traves de ambas o apego, incluso carinho, que eu sinto desde sempre por Viana do Bolo, certo de que nasci numa aldeia do Concelho, Caldesinhos, e que por tempo de seis anos passeio ali, pouco mais tarde fiquei a viver definitivamente em Ourense. Está polo tanto em Viana o feito do nascimento, com a dúvida de que passei a pascer em Ourense e a infância, que podia determinar a minha pátria, percentualmente dá-me mais tempo em Ourense que em Viana. Tampouco tenho familiares diretos em terras vianesas, a não ser uma avoa putativa e suas filhas, já falecidas, dona Filomena Sierra que nunca ei esquecer e pola que voltei várias vezes ao povo (feliz de baixar a cavalo desde Seoane a Viana), e a família Britos, de Caldesiños, muitos deles ainda vivos e que são nessa vila para mim como familiares. Tenho muitos bons recordos de aqueles anos da minha nenez, mais que infância; lembro os mercados, os jogos, meu cão, as ovelhas e as vacas de minha avoa, os folios, as regueifas… todo um mundo que ia bebendo sem ser consciente.
Filho de mestres republicanos ilustrados, desde neno movi-me entre livros; da pequena biblioteca de meu pai lei os primeiros livros em galego e quando pude fum fazendo uma biblioteca que já no cabo da minha vida chegou a mais de 7.000 volumes, incluindo os livros profissionais. Arte, literatura, viagens, religião, filosofia, política, história, sociedade, dicionários… em galego, português e castelhano, alem de algum em francês, inglês ou italiano, edições desde 1.800 até a atualidade. A todos os sinto como filhos porque maioritariamente foram escolhidos por mi e alguns até os leim (todos impossível, e sinto pena). Pola sua magnitude e polivalência considerei que era um egoísmo tela só para mim e que deveria contribuir aos fundos de uma biblioteca pública e neste ponto pensei como primeira destinatária a do povo de meus amores, Viana do Bolo, ainda que teve outras interessadas, influindo não só meu sentimento que também o feito de ficar este concelho longe de centros relevantes de cultura e que passaria a ter a melhor biblioteca pública da comarca. Propugen-o ao Concelho e foi aceite por unanimidade da Corporação municipal, celebrou-se um ato oficial de doação com entrega aprazada e em épocas posteriores levei pessoalmente dous lotes de livros e revistas, uns 600 em total. Agora pretendo fazer entrega de outros 2.500 aproximadamente e ainda que o Concelho inicialmente mostrou-se disposto de palavra, transcorrido o tempo nem resolveu nada nem responde ás minha chamadas nem aos c.e.
Neste momento os livros ficam na indiferença dos responsáveis do Concelho que parece não quere-los mas que tampouco, como eu pedo, tomam o acordo de revogar a aceitação da doação para poder deixá-la sem efeito e assim entregar-lhos livremente a outra Biblioteca mais interessada em temas culturais.
Desconheço se a falta de interesse em recolher os livros é cousa de toda a corporação municipal ou só de parte ou de um, tampouco o que pode pensar a este respeito a vizinhança de Viana do Bolo; só que com todo carinho me desprendo de algo tão querido como meus livros a favor de meu povo, e não sei se é de seu interesse. Se tenho que buscar-lhe outro destino não há problema, só quero que se oficialize o desestimem-to e desde logo já não seriam entregues com o mesmo sentimento.
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